Maricá/RJ,

CINECLUBISMO – ALGUNS APONTAMENTOS IMPORTANTES

O INÍCIO: 
Vestígios de práticas cineclubistas no Brasil, embora em número diminuto, podem ser encontrados desde o final da década de 1910. Com maior destaque e relevância encontramos registros de que em 1917 no Rio de Janeiro um grupo já se utilizava de práticas cineclubistas. 
O Chaplin Club, fundado em 1928 no Rio de Janeiro, pode ser considerado marco inicial da trajetória do movimento cineclubista no Brasil. 

“Nos cineclubes se davam as discussões teóricas e políticas. Eram um espaço de atração de curiosos e novos participantes do movimento. Em alguns casos, também foram o espaço onde se deram cursos de cinema, já que ainda não existiam no Brasil faculdades e cursos de cinema regulares”. Simonard (2006, p. 70) 

A AÇÃO: 
Uma das questões fundamentais da atividade cineclubista é a formação do acervo de filmes. As obras fílmicas que compõem esse acervo nem sempre são bens patrimoniais da agremiação. Porém, o acesso a esse conjunto de títulos é capital para a existência da atividade. A programação cria uma identidade para o cineclube, é através dela que o público cria empatia com a entidade. 
Como constatamos ao longo da pesquisa as mudanças e evoluções tecnológicas influíram de modo determinante na atividade cineclubista. Quando foi possível abandonar a larga e cara bitola 35mm para usar os leves e portáteis projetores da bitola 16mm, a prática cineclubista passou por transformação que, em curto prazo, a impulsionou de modo positivo e marcante. 
Sendo uma atividade desenvolvida fora do chamado mercado de exibição, a atividade cineclubista é vista, quase sempre, mais próxima de valores culturais e do interesse do público frequentador. É possível dizer que o cineclube existe para atender uma parcela de público que não encontra filmes adequados ao seu perfil de consumir no grande circuito comercial. Nesse sentido, o cineclube depende mais da frequência e da assiduidade do público do que do capital que o este poderia lhe gerar. Assim o dirigente cineclubista trabalha a programação de acordo com o interesse do público por determinado gênero ou tipo de filme, diferente do programador do circuito comercial que é obrigado a visar ao lucro e, portanto, busca o aumento numérico da plateia independentemente do filme que escolhe para as sessões. 

Fonte: Fragmentos extraídos de: “ Cineclubismo no Brasil: visões de ontem e perspectivas do contemporâneo”, de Adriana Carneiro de Souza (TCC/2011- UFF – Niterói/RJ)

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